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sábado, maio 4, 2024

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Traindo Bolsonaro? Quem são os pastores que já elogiam o governo Lula

Uma reportagem da Folha de São Paulo revelou uma mudança de postura de líderes evangélicos brasileiros, conhecidos por seu apoio quase incondicional a Jair Bolsonaro, agora em relação a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dentre eles, o pastor Marcos Galdino Júnior, presidente do Ministério Santo Amaro da Assembleia de Deus, vem se destacando por suas avaliações equilibradas e críticas construtivas.

Embora Galdino, que se identifica como um eleitor conservador e que não escolheu Lula nas últimas eleições, admita a imperfeição de qualquer governo, ele reconhece aspectos positivos no primeiro ano de mandato de Lula. Ele elogia, por exemplo, a escolha de Geraldo Alckmin para o ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ressaltando o apreço de Alckmin no meio evangélico e a sua habilidade em equilibrar as negociações políticas, especialmente na reforma tributária.

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Já o apóstolo César Augusto, da Fonte da Vida, que antes frequentava o Planalto na era Bolsonaro, aponta para a economia como um ponto positivo do governo Lula, citando o crescimento do PIB e a redução do desemprego e da pobreza. No entanto, ele também critica a postura polarizadora de Lula, alegando que em vez de unificar o país, o presidente tem incentivado divisões políticas, favorecendo sua base mais à esquerda.

Outro líder evangélico influente, o deputado Cezinha de Madureira, que já liderou o bloco evangélico no Congresso, expressa ceticismo sobre os esforços de Lula para pacificar o país. Ele argumenta que a esperança de um “Lula paz e amor”, capaz de unificar o país, não se concretizou, refletindo uma persistente desconfiança entre os evangélicos.

As posições de Lula em questões internacionais, particularmente em relação ao conflito Israel x Palestina, também foram alvo de críticas. Edson Rebustini, presidente do Conselho de Pastores de São Paulo, se mostra decepcionado com a falta de uma condenação clara do Hamas como grupo terrorista por parte de Lula, um ponto sensível para muitos evangélicos que veem Israel sob uma perspectiva messiânica.

A escolha de Flávio Dino para o STF, em detrimento de um candidato evangélico, também gerou frustrações entre os líderes religiosos, que viam na nomeação uma oportunidade de representação no Supremo Tribunal Federal.

Apesar dessas críticas, alguns líderes, como Galdino, indicam uma disposição para dialogar com o governo, evocando tanto princípios religiosos quanto razões pragmáticas. Essa abertura ao diálogo contrasta com a postura de Silas Malafaia, que mantém uma rejeição firme ao governo Lula, refletindo a diversidade de opiniões e a complexidade política dentro da comunidade evangélica.

A mudança no cenário político-religioso brasileiro, com líderes evangélicos reavaliando suas alianças e posicionamentos, destaca a natureza dinâmica das relações entre fé, política e sociedade no Brasil. Enquanto alguns buscam manter uma postura pragmática e conciliatória, outros se mantêm firmes em suas convicções anteriores, sinalizando um campo religioso cada vez mais plural e politicamente ativo.

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