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sábado, abril 27, 2024

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Pastor que justificou fome de mendigos diz que está sendo ameaçado

O pastor Marcos Granconato, que causou polêmica nesta semana, depois de afirmar em seu perfil do Facebook que “a maioria dos mendigos tem o dever bíblico de passar fome”, relatou que está sofrendo ameaças.

Granconato, que é líder da Igreja Batista Redenção, em São Paulo, disse ao Metrópoles que muitos evangélicos simplesmente discordaram, mas também houve ameaças.

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“As pessoas estão me difamando, estou sendo linchado. Estou até um pouco assustado, com medo. As pessoas fazem até certas ameaças, isso me preocupa”, disse o pastor.

“‘Seus dias estão contados’, alguém disso isso. Não entendi bem essa expressão. Se referia ao tipo de pastor que represento? A nossa classe vai desaparecer? Ou essa pessoa está dizendo que a minha vida vai ceifar em breve? O que dizer?”, questionou Marcos Granconato.

O pastor que também é armamentista e faz duras críticas à esquerda, fez o post polêmico no último domingo (01/04).

“A maioria dos mendigos tem o dever bíblico de passar fome” baseado na carta do apóstolo Paulo aos Tessalonicenses, no Novo Testamento, onde está escrito: “Se alguém não trabalha, que também não coma”, escreveu o pastor.

Na tarde desta quarta-feira (04), o líder religioso publicou uma nota de esclarecimento em seu perfil do Facebook, sobre a sua declaração polêmica.

Leia a nota na íntegra:

“ESCLARECIMENTO
Em face da polêmica que meu post sobre os mendigos causou nas redes sociais, tenho o seguinte a esclarecer:
Diferente do que foi publicado em “O Globo”, não sou um pastor liberal. Muito pelo contrário. Sou conservador e, como conservador, minha consciência é regida pelas Sagradas Escrituras, às quais me apego, inclusive, como regra de vida.
Nessas Santas Escrituras somos ensinados a socorrer todos os pobres e necessitados e eu defendo, estimulo e promovo isso, estando, inclusive, diretamente envolvido nesse tipo de socorro.
Ocorre, porém, que a Bíblia tem um conceito de pobre que abrange, a rigor, quatro grupos de pessoas, a saber:
1. Os que trabalham, mas seus proventos não são suficientes para o seu sustento e da sua família.
2. Os mendigos que estão nessa condição por motivo de doença. A Bíblia fala de mendigos aleijados, cegos, leprosos, etc., todos dignos de socorro.
3. As vítimas de tragédias naturais, como a fome que sobreveio a todo o mundo nos dias do Imperador Cláudio. À época, as igrejas se mobilizaram para socorrer os mais afetados por essa calamidade.
4. Os perseguidos e encarcerados por causa da fé. Essas pessoas são mencionadas em Mateus 24 e 25 e Jesus as chama de “pequeninos irmãos”, dizendo ainda que quem as socorre, na verdade, é como se socorresse a ele próprio.
Todas essas pessoas precisam de ajuda e não podemos poupar esforços para prover-lhes o alimento e outras formas de socorro.
Por outro lado, ao escrever aos Tessalonicenses, Paulo se depara com outro grupo: um grupo de pessoas que, por pensar que a volta de Cristo estava próxima, tinham parado de trabalhar, passando a viver às custas dos outros. Paulo as classifica como “os que vivem desordenadamente”.
Eram pessoas saudáveis, jovens e capazes que, simplesmente, decidiram viver no ócio aproveitando-se de uma desculpa aparentemente justa (Cristo está voltando). A essas pessoas, o Apóstolo aplica um princípio perene: “Você não quer trabalhar, então também não deve comer”. Isso seria assumir as consequências do estilo de vida que a pessoa mesma escolheu para si e não existe maldade nenhuma em recusar ajuda a indivíduos assim. Pelo contrário, dar comida a essas pessoas seria premiar, incentivar e promover o ócio, o que é pecado.
Quando caminho pelas ruas das grandes cidades e quando atendo pedintes na porta da minha casa ou da igreja, vejo que a maioria deles não se encaixa em nenhum dos quatro grupos elencados acima. Geralmente são pessoas jovens, fortes, inteligentes, saudáveis e capazes que, ao que parece, simplesmente optaram pela mendicância por considerar esse modo de vida, livre de trabalhos e responsabilidades, mais adequado aos seus interesses. Não são os pobres que a Bíblia defende. Em vez disso, são “os que andam desordenadamente” que Paulo tanto censura. A essas pessoas não devemos ajuda alguma.
Quero destacar, assim, que reconheço o dever santo e cristão de ajudar os pobres (e muitos moradores de rua se encaixam no conceito bíblico de “pobre”). Porém, tenho também o dever santo, cristão e bíblico de não incentivar o ócio.
Espero ter esclarecido, pelo menos, a questão principal.
Abraço fraterno,
Pr. Marcos Granconato”

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