O mundo gospel parece que está de cabeça para baixo, a nos últimos dias tem feito coisas que até Deus e o diabo duvidam. Desta vez, o assunto é uma jovem evangélica que irá participar do carnaval carioca representando a escola Grande Rio.
A modelo Joyce Salvador de 27 anos, irá integrar a ala com mais 80 jovens carecas representando a iniciação no candomblé.
Joyce disse que se identificou com os versos do enredo da escola. A letra é uma homenagem a Joãozinho da Gomeia.
“Quando ouvi essa parte do samba, que diz ‘eu respeito o seu amém e você respeita o meu axé’, entendi que precisava vestir essa camisa para mostrar que eu sirvo a um Jesus que é contra a intolerância. É importante eu estar aqui”, disse ela.
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A notícia surpreendeu a comunidade evangélica, que discordam completamente dessa mistura de evangélicos com a festa pagã. Essa revolta levou o pastor Joaquim de Andrade professor de Teologia, Religiões Comparadas, Filosofia da Religião e psquisador de assuntos religiosos há mais de 30 anos, a comentar o caso.
“Para aqueles que tentam justificar como estratégia evangelística uma participação efetiva na festa do carnaval, inclusive desfilando em carros alegóricos e blocos evangélicos, isso para mim é uma associação com a profanação, não tenha dúvida. No carnaval de hoje a gente continua vendo, infelizmente, imoralidade, feitiçaria”, disse o pastor.
O pastor também explicou o significado do ritual no qual a jovem vai representar na Sapucaí.
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“No caso dessa escola de samba, com o ritual do candomblé, no caso, de saída de santo, a partir do momento em que a pessoa ‘bolou’ um santo lá na linguagem deles, o fiel é considerado um abiã, um termo dado ao iniciante na religião. para chegar a ser filho de santo, precisa usar um colar, enquanto esse adereço não for removido o novato só poderá sentar no chão”, completou.