O relatório histórico, divulgado nesta terça-feira (5), resultado de dois anos de investigação, aponta que freiras da Igreja Católica da França estupraram crianças com crucifixos, durante décadas de abusos sexuais.

O documento, que tem mais de 2 mil páginas, revelou também que 216 mil crianças e adolescentes foram abusados desde 1950.

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De acordo com o jornal Daily Mail, 80% das vítimas eram meninos entre 10 e 13 anos. Eles eram violentados por padres e também por freiras e eram obrigados a terem relações sexuais com as meninas, que também sofriam abusos por parte dos religiosos. As crianças eram estupradas com os crucifixos.

Uma das vítimas revelou que foi violentada aos 11 anos de idade. Ela se chama Marie. Na época, a menina contou aos pais, porém a denúncia não foi levada a sério e ela ficou mais um ano sofrendo abusos.

O papa Francisco lamentou o escândalo e expressou “grande dor pelas feridas” das vítimas.

“O pensamento do papa dirige-se, em primeiro lugar, às vítimas, com imensa dor pelas feridas e gratidão pela coragem de denunciar. Dirige-se também à Igreja da França, para que, ao tomar consciência dessa terrível realidade, possa empreender o caminho da redenção”, diz a nota oficial do Vaticano.

O episcopado francês também manifestou “vergonha” e pediu “perdão” às vítimas.

“Expresso minha vergonha, meu pavor, minha determinação de agir. Vocês, vítimas, algumas das quais conheço pelo nome… quero dizer-lhes que meu desejo neste dia é pedir seu perdão”, disse o bispo Eric de Moulins-Beaufort, presidente da Conferência Episcopal Francesa.

Foi solicitado pela comissão investigativa uma ação judicial e que a igreja indenizasse as vítimas.