A juíza Mariana Costa, decidiu que o pastor que tentou matar o pai de uma fiel será julgado em Júri Popular. A decisão foi tomada na última quinta-feira (2) após conclusão de processo que se arrasta há dois anos.
O advogado de defesa do réu pode tentar reverter a decisão com recursos ao Tribunal de Justiça (TJ/RS). Além disso, ele poderá recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Enquanto houver espaço para a defesa recorrer, a juíza não deve marcar a data do julgamento.
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Ao decidir em levar o pastor assistente da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) a júri, a magistrada observou que, analisando as declarações prestadas pelas pessoas ouvidas durante a fase de instrução. De acordo com ela, há versões conflitantes acerca dos fatos, não sendo possível ter certeza do que efetivamente ocorreu.
Por conta destas incertezas, ela disse que o caso deve ter apreciação pelo Tribunal do Júri. Pois é ele que tem a competência de julgar crimes contra a vida.
Relembre o caso
O crime aconteceu às 7h40 do dia 4 de abril de 2017, na rua Acácia Mimosa, no Loteamento União. O pastor, que atuava desde março de 2015 como auxiliar em igrejas de Morro Reuter e Estância Velha, invadiu a casa de uma fiel e acabou sendo surpreendido pelo pai dela, que dormia na sala.
Usando touca ninja e com uma faca em punho, o acusado tentou render a vítima, um autônomo de 48 anos. Os dois entraram em luta corporal, momento em que o pastor teria atingido a vítima com um golpe de faca no pescoço.
Depois que conseguiu fugir da casa, o pastor correu por cerca de duas quadras com a touca ninja. Logo depois, a vítima perseguiu o acusado e conseguiu alcançá-lo na rua Presidente Lucena. Lá conseguiu manter o homem rendido até a chegada da Ronda Ostensiva (Romu) da Guarda Municipal.
Com o preso, a Guarda apreendeu a faca, 12 algemas de plástico (lacres), duas camisinhas, fita crepe, óculos de sol e a touca ninja.