Nos últimos anos o aumento das igrejas inclusivas e de líderes religiosos homossexuais tem se tornado cada vez mais comum. No entanto, a comunidade evangélica não apoia e nem concorda com tais práticas.
Um desses líderes religiosos que vem ganhado destaques é o confeiteiro Marcelo Garcia Moura Bastos, de 38 anos, que é drag queen e pastor em Cuiabá. Quando se veste de mulher o pastor adota o nome de Kauanny Reviver Garcia.
Segundo ele, como pastora ou pastor, a missão é ministrar o evangelho inclusivo, com o intuito de ensinar o amor de Cristo para todos que sofrem preconceito pela orientação sexual.
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Marcelo se tornou pastor no ano de 2000, e desde então decidiu levar uma palavra de amor a comunidade LGBT. Na época ele morava em São Paulo e conheceu um casal de pastoras que eram líderes na Igreja Cidade Refúgio
Nesta igreja ele estudou a teologia inclusiva e depois de um tempo foi consagrado como pastora Kauanny, a primeira pastora drag queen.
Em entrevista ao G1, Marcelo disse que enfrenta muito preconceito e discriminação por sua orientação sexual e pelo trabalho religioso que exerce. Para a “pastora”, o que faz é uma “missão divina recebida para levar a palavra de Deus segundo à Bíblia aos mais necessitados e oprimidos”.
“Por meio da palavra, ajudo na transformação de vida das pessoas que sofrem no mundo por causa do jeito que são e não tem ninguém que as acolhem. O que eu prego é nos princípios de Deus ensinando o amor ao próximo. Todos merecem o receber amor e apoio do jeito que são e querem viver”, declarou ele.
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Marcelo também afirmou que é de família evangélica e conservadora.
“Sou ex-assembleiano e vivia na igreja, e fazia tudo que minha família queria, por pressão e preconceito. Mas resolvi ser eu novamente, separei da minha esposa e resolvi voltar a ser pastora. Nesse tempo tive um filho maravilhoso, mas amadureci e quero continuar ajudando as pessoas que são oprimidas pela sociedade, mas não quero comentar muito sobre minha vida pessoal, foi difícil”, explicou Kauanny.
Marcelo irá abrir uma igreja, e já deu o nome, ela irá se chamar Igreja Reviver Comunidade Inclusiva, onde serão realizados os cultos. Por enquanto, a igreja só funciona em células – reuniões particulares na casa das pessoas.