O pastor Paulo Marcelo Schallenberger, apoiador da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declarou que os bolsonaristas estão repercutindo a fala do petista sobre o aborto para tirar a atenção do escândalo dos pastores que atuavam no Ministério da Educação.
Para o pastor lulista, tudo não passa de uma estratégia, uma “cortina de fumaça”. A atuação de dois pastores na pasta, suspeitos de intermediar o repasse de recursos públicos a prefeituras, está agora na mira de senadores da oposição que tentam abrir mais uma CPI.
“Vão ficar nisso aí para encobertar o caso do MEC”, disse Schallenberger. Ele também vê como cortina de fumaça as críticas que aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) têm feito à atriz Taís Araujo, que protagoniza o filme Medida Provisória, obra que aborda o racismo.
“Eles falam de aborto, criticam a atriz Taís Araujo, mas por que não se pronunciam sobre o vereador Gabriel Monteiro? Até agora, Silas Malafaia, Magno Malta, Damares Alves, ninguém se pronunciou. Eles são contra o aborto, mas uma criança abusada não tem problema nenhum? Eles têm que fingir que não estão vendo porque ele (Gabriel Monteiro) é bolsonarista? É muita cortina de fumaça para alguns assuntos enquanto encobertam outros”, provoca o pastor ligado a Lula.