Georgeval Alves Gonçalves, acusado de estuprar, torturar e matar os filhos Kauã Sales Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Alves Sales, de 3 anos, prestou depoimento no júri popular na madrugada desta quarta-feira (19). Durante seu depoimento, Georgeval afirmou que mentiu sobre ter tentado salvar seus filhos no dia do incêndio porque foi orientado por um pastor da igreja a qual frequentava.
O réu disse que a igreja considerou que sua versão de que apenas viu o fogo e fugiu com medo de morrer não era boa o suficiente. Ele afirmou que o pastor Abisaí Gonçalves Junior, ficou ao seu lado após o incêndio e foi ele quem o orientou sobre o que deveria falar. Georgeval disse que ficou com medo de ser julgado por não ter tentado salvar os filhos e, por isso, seguiu as orientações do pastor.
O acusado negou todas as acusações contra ele e alegou que o incêndio foi acidental. Segundo Georgeval, ele e a esposa haviam deixado uma vela acesa no quarto dos filhos para que estes pudessem dormir. Ele disse que, quando voltou para o quarto, o fogo já havia se alastrado e ele não conseguiu entrar para salvar as crianças.
Os promotores do caso afirmam que Georgeval estuprou, torturou e matou as crianças antes de incendiar o quarto. Eles apresentaram provas que, segundo eles, mostram que o acusado abusou sexualmente de Kauã e queimou seu corpo para tentar encobrir as evidências.
O caso chocou o país e gerou grande comoção popular. O julgamento de Georgeval Alves Gonçalves deve continuar ao longo desta semana.