Com um objetivo claro de fomentar uma discussão negativa sobre o assunto, o artigo tenta levar o leitor a discordar do uso da religião na psicologia.Sobre Marisa Lobo, a matéria conta que a psicóloga chegou a ter o seu registro cassado pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná em 2014, mas a pena foi suspensa pela Justiça e, posteriormente, substituída por uma censura pública pelo CFP. Na instância regional, a acusação era de que ela oferecia a “cura gay” — o que ela nega veementemente —, mas na instância federal o processo foi movido por ela se apresentar como psicóloga cristã.
Apesar de respeitar a posição da laicidade, Marisa defende o reconhecimento da psicologia cristã no país. Segundo ela, os psicólogos cristãos sabem reconhecer os limites entre a fé e a ciência, e a influência da religiosidade sobre as vidas das pessoas não deve ser negligenciada.
— Não é que a gente vá ficar dentro do consultório recitando a Bíblia, mas se eu não entendo o que o paciente acredita, como posso ser uma boa psicóloga? — questiona Marisa. — O estudo da religião é importante para a psicologia por causa do seu conteúdo simbólico. Por esse motivo, o Brasil deveria reconhecer a psicologia cristã.
Marisa nega qualquer oferta ou aplicação de terapia de conversão, mas assume que algumas questões contrárias à sua crença podem limitar a sua atuação profissional:
— Quando a demanda é sobre aborto, eu me declaro incompetente e passo o caso para outro psicólogo — diz.