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quinta-feira, maio 2, 2024

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Pastor da IURD, obrigado a se esterilizar, receberá R$ 100 mil de indenização

A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada pela Justiça do Trabalho de São Paulo a indenizar um ex-pastor em R$ 100 mil por danos morais. O ex-pastor, identificado pelas iniciais M.B.S., alegou ter sido coagido a fazer uma vasectomia como condição para se casar, sob a ameaça de desobediência à instituição.

M.B.S., que ingressou na Igreja Universal aos 17 anos em 2003, trabalhou como pastor e supervisor de produção televisiva. Em 2014, ao planejar seu casamento, disse ter sido pressionado pela instituição a se submeter à cirurgia de esterilização. Segundo ele, a Igreja tem uma política interna que considera o casamento de funcionários masculinos sem a realização de vasectomia como um ato grave.

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A advogada do ex-pastor, Themis Leão Pagani, argumentou no processo que não existe justificação válida para a Igreja obrigar funcionários a adotarem uma medida tão pessoal como a vasectomia. Ela salientou que muitos jovens aceitam essa condição pela oportunidade de emprego e progressão na carreira oferecida pela Universal.

Por outro lado, a defesa da Igreja Universal, representada pelas advogadas Simone Evangelista e Simone Galhardo, negou as acusações. Afirmaram que não existe nenhuma prova no processo de que a vasectomia foi realizada e que as alegações de M.B.S. são falsas. Segundo elas, a Igreja não impõe condições para a realização de vasectomias a seus ministros religiosos.

A defesa da Igreja também questionou a alegação, citando o exemplo do líder espiritual Edir Macedo, que tem três filhos, assim como vários outros pastores da instituição.

A Igreja Universal argumentou que muitos de seus pastores e bispos optam voluntariamente por não ter filhos devido às exigências de deslocamento frequente inerentes a suas funções, mas que isso é uma decisão pessoal de cada casal, sem interferência da instituição.

A juíza Franciane Aparecida Rosa, responsável pelo caso, não se convenceu pelos argumentos da Igreja. Em sua decisão, ela destacou que testemunhos comprovaram a imposição da vasectomia como condição para pastores que desejam se casar. A Igreja Universal já entrou com recurso contra a decisão.

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